quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma homenagem póstuma !


Homenageio-te
Por existires....e por tanto tempo ficares
A destruir dia à dia
O romantismo, a poesia,
O amor que em mim existia
Agradeço-te
Pelas ausências de corpo presente
Pela palavras nunca ditas
Pela violação do corpo,
Por me ensinar que é no desamor
Que podemos aplacar a dor
Por seres o vácuo
Quando era um abraço
Que acolheria minha alma
Por toda omissão, falta de solidariedade
Egoísmo, pessimismo
Pelos natais, aniversários
E todas as datas festivas
Destruíres os sonhos, a magia
E deixares no ar
A sensação triste de que
O amanhã para nós, não existiria.
Eu te agradeço
Por tua família, a ingratidão com formas de gentes
Teu olor eternamente etílico, tuas plalavras arrastadas
Pela solidão instalada,
Eu te agradeço
Pois foi através de ti
Que percebi que existe casos
Que estão fadados ao fim,
Que é através da dor
Que muitos aprendem a lição
Que não precisamos ficar onde não queremos
Que podemos ser felizes
Basta querermos
E que família de verdade
Se ama e se respeita, se ouve uns aos outros
E se ajudam
Na alegria e na trizteza
Que cama vazia, braços que não abraçam
Cheiro de alcool, palavras sem nexo
Solidão, falta de alegria de paixão pela vida
Não é o que quero
Para o final da minha vida.
Por me mostrares o feio, o triste
O inconcebível, o nauseante
A ingratidão da tua gente,
Egoísta, sem humildade
Sem amor , sem doação
A falta de incentivo, a fome, a vergonha
Eu te agradeço,
Pois agora liberta, das amarras funestas
Posso apreciar o belo, o alegre
O concebível, o sóbrio
As milhões de pessoas gratas, humildes
Repletas de amor, doação
Meus incentivadores, a saciedade, o orgulho
A admiração, principalmente,
Pois está é certamente
A mais bela forma do amor
Está é uma homenagem, acredites !
Póstuma é verdade
Pois de ti, restará tão somente
Uma brisa suave
Não cultuarei amarguras
Nem dor, nem nostalgia
Fostes com o vento
E como por milagre
O Universo conspirou
E minhas más lembranças levou
E como nada tinhas para dar..
Nada deixastes,
Nem doeu
Acabou!
Flor do Córrego

Agora serei Andorinha ...

Os pássaros já entoam canções
A chuva caí ininterrupta
Mas já vislumbrei todas as flores
De todos os jardins
No carro ouço músicas
E me pego cantando feliz
É primavera
Em meu coração todas as flores mais belas
Aquela vida de agonia chegou ao fim
Meu coração está liberto
Não mais me sinto uma Fenix
Que renasce das próprias cinzas
Processo doloriso e mil vezes elefuado
Tentado resgatar o irresgatável.
Agora posso ser andorinha
Com as asinhas já sem brilho
Mas voando livre e solta
Agora eu posso tudo,
Posso fazer uma pós, um mestrado
Um concurso, aprender música
Dançar, fazer canto
Posso até ser palhaça, mas agora por opção
Nunca mais protagonizando
A história que não mais será a minha
Me dei uma chance, estou livre
Não tenho amarras, não preciso ficar no desamor
Já fiz a minha parte, uma vida...
A providência me liberou
É primavera...
O beija-flor chega saltitante
E posso, enfim, feliz
Sair beijando as flores !

domingo, 13 de setembro de 2009

Apenas Um Beija - Flor


Apenas Um Beija- Flor

Não tentes me encontrar
Dentro da minha alma
As vezes eu deixo o corpo
E saio à voar,
Livre, leve e solta
Como se tivesse asas
Um beija - Flor
A bater mil vezes as asinhas
Que outro pássaro seria?
Tinha que ser um
Que fosse ligeirinho
E se encantasse com as flores
E sigo pelo mundo
Admirando a natureza
E toda a perfeição
Das coisas mais singelas
Como o orvalho molhando as flores
Paro na beira do córrego
Sugo suas simples flores
Olhando a calmaria do rio
Que segue plácidamente
Levando vida por onde passa
Até chegar no mar
Que missão mais nobre
As estrelas no firmamento
E a lua explendorosa
Tornam o espetáculo mais belo
E fico apaixonada
Por tudo que a vida nos dá e de graça
Mas nem tudo são flores..
Na minha andança
Eu encontro o homem
Que destrói tudo o que encontra
O mundo que recebeu de presente
Que lhe dá condição para viver
Ter , Poder e até Ser ...
Presunçoso este ser
Que se diz racional
Destrói teu habitat
O que será dos teus filhos
Que não conhecerão rios,
Mar, pássaros, flores
Não terão água nem ar ...
Acorda homem !


Flo do Córrego

Nossos Jovens!


Nossos Jovens !

Não é dor
É desencanto, desilusão
Meus amigos jovens tão amados
São imorais, anti-éticos, putrificados
E vai continuar tudo igual
Não consegui mudar uma cabeça
E chegamos no final
E acreditava que o ser se molda
Hoje percebo que não se moldam os valores que cultuam
Como só cultuam o Ter, o Poder
Vamos conviver mais uma geração
Com a sujeira que assola
Só que cada vez mais
Acumulam saberes
E certamente os usarão
Para depedrar a natureza
Acabar com tudo que vive, respira
Não terão dó, nem piedade
Estão hipnotizados moralmente
Não pensam no futuro,
Nem na própria vida,
Que carregam no ventre
Vao destruir os teus, os meus, os deles
Que importa...
Em nome do Ter,do Poder
Os fins justificam os meios!
Flor do Córrego

Dois Caminhantes !


Dois Caminhantes!

Me deixem ser andorinha ..
Preciso voar...alçar voos
Cansei de ser Fenix, renascer das próprias cinzas...
Já me doei por inteiro
Trabalhei muito, criei meus filhos...
Hoje eles crescerem
Já estou os atrapalhando
Preciso cortar o cordão umbilical...
Como o processo é dolorido.
Vivo para por eles e para eles e sabem disto.
Mas chega uma hora que não podem retornar no tempo
Eu posso ir até eles, me munir de tecnologia,ser amiga, confidente, ser provedora, mas terão que tomar as redeas dos seus destinos nas mãos.
Este processo é só deles...
Eu vou voar, fazer uma pós, um mestrado...
Claro que ficarei muito perto, o tempo suficiente para chegar apidamente, se de mim precisarem
Mas preciso voar, mesmo que não queira atrapalho pois existo.
E mãe é aquele mimo, vais demorar, cuidado filhos, cuidado filha, eu os amo, venham jantar.
E nos fins de semana é uma espera louca por aquela neta linda" amor da minha vida", como se seus pais não tivessem amis nada à fazer, se sentem obrigados e possuem tão pouco tempo para ficarem juntos!
Voarei , quem sabe nas alturas não encontre um pássaro romântico
Sentindo o mesmo que sinto, e juntos na estrada, poderemos seguir a vida que nos resta,
Um pouco de vida, de felicidade para a minha alma solitária mas nunca triste...
E serei feliz, enfim :Dois caminhates!

Flor do Córrego

A Netinha e Seu Avô Ausente !

E a pequenina criatura, encantando com suas primeiras palavras...vai para lá,vem para cá, procura, chama o Vovô e não encontra.
Está escondido dentro do carro etilizado , e aquela voz linda que enche o coração de qualquer vivente de alegria Zozô?
Nos olhilhos cintilantes, dois pontos de interrogação.
E à noite chega o Zozô , trêbado e sabendo que a neta viria, nem se importou , foi se deleitar com a velha e eterna branca.
Depois quando idosos reclamam da solidão que assola, do abandono, da falta de amor. Só se pode dar o que se recebe ...
Se nada nos foi dado, não acrescentou, não serás lembrado, serás um mortal como qualquer outro!
Quando muito socialmente irão na hora final, por puro respeito aos rituais.
Quem é muito amado, não morre para seus netos, se torna imortal e será teus passos que seguirão.
Ainda bem que somes, se escondes dentro do carro, evaporas, pois sempre estas etilizado,falando besteiras, com cheiro de cachaça e cigarro impregnado, a voz empastada, o rosto coberto de pó branco...pelo menos como nada te prende, não consegues se doar, nem amar, mesmo que um Anjo sorridente, não transmitirás este carma nauseante , que envergonha à toda gente e os teus não vão querer te seguir.
Seguimos os bons, aqueles que nos amam, que estão ao nosso lado compartilhando da nossa vida, aqueles que nos orgulham, que admiramos , estes serão nossos guias para toda a vida.
Que pena, pensávamos que uma neta te salvaria desta falta de responsabilidade,destes mil anos de drogas e bebidas.
Mas, és o que és e se continuares,não te lastimes da vida, serás mais um homem de rua!
Cada um pode mudar seu destino.
Zozô, que triste aquele olhar!
Não faças isto com criança, és cruel com sua mãe!
Que abandonou todos os netos
Isto certamente é genético!